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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

LISTA DE PAÍSES POR PERSEGUIÇÃO

TEMPO DE MISSÃO – ÁFRICA 2010

Introdução

        Estima-se que 100 milhões de pessoas no mundo enfrentam algum nível de hostilidade em seus países por confessarem a fé cristã. Para A Classificação de países por perseguição é feita a partir de um questionário de 50 perguntas desenvolvido especificamente para cobrir os diversos aspectos da liberdade no âmbito da prática de religião. Uma pontuação é dada de acordo com a resposta de cada questão. O número total de pontos de cada país determina sua posição na classificação.

Lista dos 10 Paises com mais Perseguição aos Cristãos

        1. Coréia do Norte
        2. Arábia Saudita
        3. Irã
        4. Afeganistão
        5. Somália
        6. Maldivas
        7. Iêmen
        8. Laos
        9. Eritréia
        10. Uzbequistão

Coréia do Norte    

        A Coréia do Norte tem liderado a Classificação de países por perseguição nos últimos sete anos consecutivos. O dia-a-dia dos cristãos do país continua extremamente difícil. A fronteira entre a China e a Coréia do Norte está praticamente fechada, tudo e todos que entram ou saem do país são rigidamente verificados.
        Como sempre, as atividades ocorrem secretamente. O número de pessoas sentenciadas a campos de trabalhos forçados ou prisões aumentou em relação a 2007.

        A Coréia do Norte está fechando as portas e os cristãos são perseguidos constantemente
          Eles sofrem imensamente, já que não há permissão para ser cristão no país. A liberdade religiosa genuína não existe de maneira alguma. A constituição é firmemente baseada na ideologia do kimilsonguismo.
           O regime da Coréia do Norte acredita que entrará em colapso se não conseguir impedir a expansão do cristianismo.


Arábia Saudita
        Na Arábia Saudita, país dirigido pela sharia, a deplorável situação de liberdade religiosa permaneceu praticamente inalterada em 2008. Recebemos mais informações de incidentes contra cristãos, o que levou a um aumento na pontuação. Para o reino saudita, sob a interpretação rigorosa da lei islâmica, a apostasia (conversão a outra religião) deve ser punida com a morte, se o acusado não desistir de sua nova crença. Para os cristãos ex-muçulmanos, há ainda um grande risco de assassinato por honra, se sua família ou ambiente social descobrir sua nova fé.
        Em 2008, houve um relato confirmado de assassinato por honra de um convertido ao cristianismo por sua própria família. A adoração pública de não-muçulmanos é proibida na Arábia Saudita.
        Os adoradores não muçulmanos que se engajam em tais atividades correm o risco de serem detidos, presos, espancados, deportados, e até torturados. Recebemos mais notícias de cristãos presos por causa do envolvimento com atividades religiosas do que em 2007.


Irã

Em 2008, o Irã e a Arábia Saudita tiveram o mesmo número final de pontos. Como a Arábia Saudita teve uma pontuação maior em 2007, foi decidido que ela ficaria posicionada em segundo lugar e o Irã em terceiro. O aumento da pontuação no Irã se deve a alguns incidentes graves relacionados com os cristãos. Foram realizados ataques violentos contra as igrejas domésticas no ano inteiro, marcando o ano de 2008 como o  pior ano para os cristãos desde a Revolução Islâmica de 1979. No total, nesse país que é constituído de uma sociedade considerada a mais repressiva do mundo, foram registradas   mais de 50 prisões de cristãos por causa de sua fé.
          Um casal morreu após ser interrogado por oficiais do governo, devido aos ferimentos e a pressão que sofreram enquanto estavam presos. O islamismo é a religião oficial do Irã, e todas as leis e regimentos devem estar firmemente baseados na interpretação oficial da lei sharia.
          Embora os cristãos sejam reconhecidos como uma minoria religiosa, que teria que ter seus direitos de liberdade religiosa garantidos, eles sofrem prisão, violência física, ameaças e discriminação por causa de sua fé. Vivendo sob as interpretações legais da lei sharia, qualquer muçulmano que decida deixar o islamismo para abraçar uma nova religião enfrenta a pena de morte.


Afeganistão

        A situação geral do Afeganistão continua difícil para os cristãos (na verdade, para  não-cristãos também). Para muitos, o dia-a-dia é uma luta por sobrevivência. A pressão do movimento talibã aumentou em 2008 e a situação do país é tensa. Todos que vivem fora das normas sociais enfrentam pressão. Não há nenhuma igreja visível no país e é praticamente impossível ser ativo como igreja no Afeganistão. Continua difícil para os cristãos viver em uma república islâmica.
        A constituição declara o islã como a “religião do Estado” e “nenhuma lei pode ser contrária as crenças e provisões da religião sagrada do islã”.
         Os cristãos não possuem direitos no país e a atitude das autoridades diante deles é negativa. Eles enfrentam perseguição do governo quando são descobertos como seguidores de Cristo, mas a maior pressão vem da família e da rede de amizades. Cristãos locais enfrentam rejeição e perseguição de suas famílias devido a nova fé que encontraram. São expulsos de suas casas, após contarem às famílias sobre ela.
          Fazem parte também da dura realidade que vivem: constantes intimidações e ofensas verbais, espancamentos, perda de emprego, prisão e algumas vezes até a morte


Somália

        Em 2008, houve uma piora considerável na liberdade religiosa da Somália e os muçulmanos conquistaram mais influência. Muçulmanos insurgentes venceram as forças armadas do governo e dos etíopes e recuperaram o controle do sul e do centro da Somália, com exceção da cidade de Mogadishu. O governo provisório estava à beira de um colapso e a aliança estabelecida em Djibuti, para se opor a relibertação da Somália (ARS), negociou a retirada das tropas etíopes em 2009. A luta entre as milícias somalis islâmicas e as forças etíopes supostamente levou a um aumento nas hostilidades contra os cristãos nos diversos países do Leste Africano que estão devastados pela guerra.
         O país não possui nenhum regimento legal ou artigo na constituição que defenda a liberdade religiosa. O islamismo é a religião oficial e a pressão social para se respeitar a tradição islâmica é muito forte, especificamente em algumas áreas rurais do país.
         A maioria dos lugares usa de meios locais para resolver os conflitos, sejam meios seculares, de intermediação baseada nos clãs tradicionais ou pela lei islâmica sharia. Uma pequena parcela dos somalis étnicos é cristã, praticando a fé secretamente e vivendo sob condições extremamente perigosas.


Maldivas

        No arquipélago das Maldivas, o islamismo é a religião oficial do Estado e todos os cidadãos devem ser muçulmanos. A lei sharia é observada, portanto, a conversão do islamismo para qualquer outra religião é proibida. A conversão pode gerar a perda da cidadania. A proibição da prática de qualquer outra religião é considerada uma ferramenta importante para estimular a unidade nacional e manter o poder do governo.
         Portanto, é impossível abrir qualquer igreja, mas os estrangeiros têm permissão para praticar sua religião em particular - individualmente. Juntar-se a outros cristãos estrangeiros para adorar é também proibido.
          A Bíblia e outros materiais cristãos não podem ser importados, os estrangeiros podem possuir uma cópia para uso pessoal. No país, que é um dos menos evangelizados do mundo, há somente alguns cristãos nativos, que podem ser contados com a mão, e eles exercem sua fé em um completo segredo por causa do forte controle social feito por outros maldivanos.
          Não houve praticamente nenhuma melhora quanto a liberdade religiosa em 2008, não houve relatos em 2008 de cristãos nativos que foram presos, exilados ou deportados do país.

Iêmen

        A constituição iemenita garante a liberdade de religião, mas também declara que o islamismo é a religião do Estado e que a sharia é a fonte de toda legislação.
        O governo iemenita permite que os exilados tenham liberdade para viver sua fé, mas os cidadãos não têm permissão de se converterem ao cristianismo (ou a outras religiões). Os ex-muçulmanos convertidos podem enfrentar a pena de morte se sua fé é descoberta. Fazer proselitismo com muçulmanos é proibido.
       Os convertidos do islamismo encontram oposição das autoridades e dos grupos extremistas, que tratam os “apóstatas” com a morte, se não se reconverterem ao islã. Em 2008, diversos convertidos foram presos, sofreram violência física e foram ameaçados somente por causa de sua fé.
          Não houve nenhuma grande mudança em relação à falta de liberdade religiosa para os cristãos do Iêmen.
         


Laos

        A igreja é relativamente pequena, mas continua a crescer (cerca de 200.000 cristãos, que em sua maioria fazem parte das etnias minoritárias). Não houve praticamente nenhuma melhora na liberdade religiosa em 2008 no país.
        As autoridades permitem uma presença limitada do cristianismo e colocam os cristãos sob rígida observação. De tempos em tempos, alguns são presos, muitos dos quais experimentam uma grande pressão física (tortura) e emocional para renunciarem sua (nova) fé. O regime limita o número de igrejas abertas e freqüentemente fecha igrejas, especialmente no interior.
       Mas ainda existem diversas atividades não-registradas e a igreja parece estar crescendo apesar da perseguição. Em fevereiro de 2008, 58 cristãos foram presos em duas cidades da Província de Bokeo. Em março, oito pastores foram presos na fronteira, quando iam para uma série de treinamentos na Tailândia.
         Em julho, houve grandes incursões nas cidades de Boukham e Katin, sendo que pelo menos 80 cristãos foram presos. Apesar de a maioria deles já ter sido solta, um número desconhecido de cristãos ainda permanece preso.






Eritréia

        A Eritréia é um novo país do Top 10 da Classificação de países por perseguição. Embora esse pequeno país do Chifre da África tenha subido, isso só aconteceu porque outros países perderam pontos, ainda assim, a situação deplorável dos cristãos justifica grandemente a posição entre os dez primeiros. O governo eritreu restringe severamente a liberdade de religião para grupos não registrados e viola os direitos de alguns grupos registrados.
        Desde maio de 2002, as únicas religiões e igrejas autorizadas pelo Estado são: Igreja Ortodoxa Eritréia, Igreja Católica Romana, Igreja Evangélica Luterana e o islamismo.
        Qualquer um que for pego adorando fora dessas quatro instituições reconhecidas, mesmo em casas particulares, está sujeito à prisão, tortura e pressão severa para negar a fé. A situação já lamentável piorou ainda mais em 2008. Durante anos, tínhamos o relato de que mais de 2.000 cristãos estavam presos em  condições terríveis, mas recentemente líderes da igreja na Eritréia disseram a Portas Abertas que cerca de 3.000 cristãos estão encarcerados por causa de sua fé. Uma campanha de prisões em massa por todo o país foi iniciada no fim de outubro. Centenas de cristãos evangélicos, mulheres e crianças de diversas igrejas não-registradas, foram presos. Diversos deles foram libertos sob fiança ao longo do ano, mas muitos pastores e clérigos de ambas as igrejas protestante e ortodoxa, estão detidos em delegacias, centros militares, containeres de metal e prisões por todo o país.


Uzbequistão

        A situação dos cristãos no Uzbequistão continuou ruim em 2008. A constituição prevê liberdade religiosa, mas na prática o governo e as leis restringem esses direitos. Atividades como o proselitismo, a importação de literatura religiosa, e o ensino religioso particular são proibidos ou restringidos pela lei.
        Não houve novos registros de casos graves, mas muitas igrejas tiveram que se reunir secretamente. Em maio, um programa de TV chamado “Nas garras da ignorância” foi transmitido diversas vezes, nele, os cristãos eram retratados negativamente.
        As campanhas na mídia contra os cristãos foram mais constantes e fortes. Alguns cristãos foram detidos por um dia ou mais até pagarem as multas. Eles não apenas enfrentaram perseguição do governo, mas também dos parentes muçulmanos, que exercem muita pressão sobre os novos convertidos.
        Os cristãos tiveram o suprimento de água e/ou eletricidade cortados para serem obrigados a saírem de suas cidades ou renunciarem a fé. As famílias cristãs foram ameaçadas e, então, mudaram de um Mahalla (bairro) para outro. Os cristãos são forçados a sair de suas casas por causa das ameaças feitas pelas autoridades de cada Mahalla.


Fonte de Pesquisa:
Portas abertas:

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Tempo de Missão - África 2010

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Igrejas Missionárias Mudarão o Mundo


Nas comunidades cristãs em geral, é normal que as pessoas se sintam desconfortáveis quando se deparam com os “incômodos índices missionários” divulgados nas conferências. Na verdade, são milhões que ainda desconhecem Jesus como Senhor e Salvador do mundo. Aliás, vale a pena sempre lembrar que temos, de fato, cerca de 02 bilhões de pessoas, para sermos mais realistas e precisos. Também temos cerca de 02 mil idiomas sem a tradução das escrituras, entre as línguas orais, de sinais (para surdos), ágrafas (sem escrita), etc.


Um número considerável de nações têm um número de cristãos menor que os da comunidade onde você se reúne livremente aos Domingos. Em algumas realidades, os próprios pais matam seus filhos brutalmente se souberem que eles se tornaram cristãos.

O desafio dos povos não-alcançados ou pouco evangelizados ainda permanece aí, diante de nós. Algumas organizações se empenham em alcançá-los, outras em estudá-los, outras em enviar os poucos dispostos, outras a orar, contribuir, criticar métodos atuais, propor novos métodos, etc. Todavia, uma parte majoritária da Igreja, lamentavelmente, não se sente tão incomodada com a realidade missionária a ponto de romper o estado de perplexidade rumo ao posicionamento prático que a encarnação nos sugere.

Segundo a missão internacional Servindo a Pastores e Líderes (SEPAL), a igreja evangélica cresce em uma projeção tal, em termos numéricos, que temos a possibilidade de nos tornarmos a metade da população brasileira em 2050. Não temos um número exatamente preciso sobre quantos missionários a igreja enviou para o campo missionário nos últimos 10 ou 20 anos. Sabemos que há aproximadamente 30 milhões de cristãos no Brasil. Mas, a proporção de missionários enviados por esse grupo é de 01 missionário para cada 10 mil convertidos, em termos de missões transculturais.

Imagine se nós assumíssemos a grande comissão com uma postura efetiva, como igreja brasileira, e nos dispuséssemos a encarar com seriedade o mandamento de Jesus de pregar o Evangelho a todos os povos. Imagine se de cada 1.000 cristãos tivéssemos 01 missionário? O que poderia acontecer espiritualmente com o planeta Terra?Agora, pensemos em missões urbanas… No Brasil, temos grupos étnicos minoritários tão não-alcançados quanto a menor vila no interior da Eritréia em regiões afastadas, latino-americanas ou asiáticas.

As grandes cidades concentram ciganos, refugiados, surdos, miseráveis ou pessoas em situação de rua, grupos de cultura distinta como os skinheads, devotos de seitas diversas e, até mesmo cadeirantes sem acesso às igrejas por causa da falta de rampas ou crianças órfãs esquecidas em abrigos, dentre outros. Esse enorme desafio conta, em contextos evangelizados, com uma presença cristã significativa e milhares de missionários, muitos deles anônimos atuando nessa seara. Sabemos, certamente, ao olhar nas nossas grandes praças, que esse número de abnegados, além de insuficiente, pode e deve ser mais bem preparado para atuar efetivamente entre esses grupos.



O que se percebe hoje ser um grande desafio missionário, talvez não seja tanto a realidade que descrevemos dos povos urbanos ou tribais não-alcançados. Talvez, não seja necessariamente apenas a tradução da Escritura para cada idioma, a entrada segura de missionários em nações fechadas, ou ainda, o alcance do povo mais remoto e sem conhecimento de Jesus. Talvez, o maior desafio missionário é alcançar o exército indiferente que, no conforto da ‘graça’ se choca e lamenta todos os Domingos em nossas melhores igrejas, esquecendo do que ouviu algumas horas depois. O maior desafio missionário é começar um grupo de missões em uma igreja que só busca a benção por ela mesma.

O maior desafio missionário é termos um jovem de 18 anos de idade, bem discipulado vocacionalmente para que, ou na Universidade, ou no Seminário Teológico, ou na Agência Missionária, doe seu melhor para a glória de Deus, fazendo diferença na sua geração e nas próximas, e viva para uma causa e um bem maior que ele mesmo. O Cristianismo legítimo nos leva a abraçar causas e responder questões que beneficiam outros, mesmo que em detrimento ou sacrifício de nós mesmos.

Por fim, o maior desafio missionário, é termos uma igreja que ora, informa, envia e sustenta responsavelmente em todos os sentidos seus melhores homens e mulheres para a tarefa da Grande Comissão. Foi isso que fez a Igreja multicultural de Antioquia, que impactou diversas regiões da Ásia e da Europa. Que colaborou para o alcance de nações como a Inglaterra, ainda nos primeiros séculos. Ela enviou Barnabé e Saulo, parte de sua liderança, para uma obra que o Espírito Santo direcionou.

Não pensaram somente em suas próprias necessidades. Não pensaram que perderiam grandes obreiros. Não pensaram nos custos financeiros. Não pensaram nem mesmo no custo emocional do afastamento, da saudade que seus amigos deixariam. Eles, conforme o testemunho das sagradas escrituras, “lhes impuseram as mãos e os despediram” (Atos 13: 1-3). A igreja de Antioquia foi direta e historicamente responsável pelo alcance de nações como os Estados Unidos da América e, mais adiante, o próprio Brasil.

Uma igreja missionária pode alcançar pessoas e nações inteiras. E você e sua comunidade também. Uma igreja saudável foi feita para acolher, mas também, para saber enviar e despedir. Igreja é movimento e não um monumento. Ainda nos alarmaremos em nossas poltronas com os “incômodos índices missionários” ou seremos capazes de nos levantarmos e tomar uma atitude concreta?

Igrejas missionárias mudarão o mundo. Sua comunidade pode transcender o ordinário para participar da evangelização do mundo. Basta romper com os medos e com o egoísmo. Participe de alguma forma do que Deus está fazendo entre as nações. Celebre com Ele a beleza dos povos e anunciai entre as nações, a Sua glória, e, entre todos os povos, as Suas maravilhas! (cf. Salmo. 96:3).

O maior desafio missionário é o meu e o seu coração!

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Fonte http://www.jocum.org.br – Escrito por Daniela Xavier - Trabalha com (Jovens Com Uma Missão) JOCUM desde 2002.

Foto:http://tatymartins.wordpress.com/